terça-feira, 27 de maio de 2008

Por que se calam

Ponto de vista: Lya Luft - VEJA Edição 2060 14 de maio de 2008

Quando a linguagem é simples ou até supérflua, porque o sentimento é real, podemos escutar a alma do outro na sua respiração"

A dificuldade de comunicação nos relacionamentos me fascina. A palavra não dita quando deveríamos ter falado, a palavra negada quando falar teria sido importante. O drama está em que, nos dois casos, a gente não sabia. Se adivinhava, não conseguiu agir. Os amantes a que me refiro – também num livro sobre o tema, que acaba de sair – não são apenas o casal amoroso, mas quaisquer pessoas ligadas (ou supostamente ligadas) por afeto. Isso inclui a família, meu tema recorrente: lá nem sempre reinam o afeto e o respeito.

Alguém pode cobrar: "Aquela vez, naquele lugar, você me disse isso, e até hoje me dói". A gente pensa, repensa, mas não se lembra: "O que foi, quando foi? Eu jamais teria dito isso, sobretudo se ia te ferir". Mas o outro insiste na sua dor. A incomunicabilidade é quase um estado habitual de muitas pessoas: como nascer com algum defeito físico do qual não se tem culpa, mas que chateia ou atormenta. Saber se comunicar, no trabalho, no cotidiano e na vida pessoal, é uma dádiva. Abre portas e janelas, promove generosidade e acolhimento. Mas é raro. Em geral somos enrolados, somos tímidos, guardamos velhas mágoas ou somos arrogantes, outra face da insegurança e do medo.


Trágicos desencontros podem nascer de situações aparentemente simples: pessoas comuns em sua vida sem graça, durante anos e anos de convívio sem grande conflito, pensam estar tudo bem. Então, sem nenhum sinal, uma palavra sequer, irrompe a violência, que pode ser física, ou moral, como uma traição. Uma insatisfação que já não se deixa controlar. O ressentimento explode como um vulcão de lama. Ou alguém comete a mais traiçoeira e punitiva das ações: mata-se um marido, uma mãe, um filho adolescente. Para o sempre do sempre, o peso da culpa permanece sobre os demais. Em que momento ele quis pedir ajuda e não percebi? Quando ela pensou em se abrir comigo, mas eu estava com pressa? Ontem, ainda, ele jogava bola comigo, e hoje vem a notícia de que se enforcou: o que eu poderia ter feito? A resposta pode ser um silêncio maligno que não vai se calar nunca mais.

Mas existe também o silêncio bom, que, em lugar de erguer muros, abre espaços. É a não-necessidade de falar, entre pessoas seguras do seu carinho mútuo. Elas ficam perfeitamente felizes sentadas juntas, cada uma lendo seu livro, seu jornal, fazendo seu trabalho. De vez em quando uma palavra, um gesto de afeto, e ao redor delas abre-se um círculo de harmonia. Na vida nem tudo é sofrimento, esterilidade e solidão. A dor faz parte, mas há momentos de magia para todos. Da pessoa mais simples ao mais refinado intelectual, qualquer um pode descobri-los, ou persegui-los, quando a correria, os compromissos, as pressões lhe derem um pouco de paz. Ou ela terá de ser conquistada usando-se garras, dentes, cotovelos.

Quando a linguagem é simples ou até supérflua, porque o sentimento é real e assim entendido, podemos escutar a alma do outro na sua respiração. Todo ruído, toda agitação, e até mesmo a fala, serão secundários. Os amantes não vão se calar por mágoa ou impotência, mas por que algo os expressa melhor do que as mais contundentes palavras.

Lya Luft é escritor

O MOTEL - Luiz Fernando Veríssimo

Mirtes não se agüentou e contou para a Lurdes:

- Viram teu marido entrando num motel.

A Lurdes abriu a boca e arregalou os olhos. Ficou assim, uma estátua
de espanto,durante um minuto, um minuto e meio. Depois pediu detalhes.
- Quando? Onde? Com quem?
- Ontem. No Discretíssimu's.
- Com quem? Com quem?
- Isso eu não sei.
- Mas como ? Era alta? Magra? Loira? Puxava de uma perna?
- Não sei, Lu.
- Carlos Alberto me paga. Ah, me paga.

Quando o Carlos Alberto chegou em casa a Lurdes anunciou que iria
deixá-lo e contou por quê.
- Mas que história é essa, Lurdes? Você sabe quem era a mulher que
estava comigo no motel. Era você!
- Pois é. Maldita hora em que eu aceitei ir no Discretíssimu's!
Toda a cidade ficou sabendo. Ainda bem que não me identificaram.
- Pois então?
- Pois então, que eu tenho que deixar você. Não vê? É o que todas as
minhas amigas esperam que eu faça. Não sou mulher de ser enganada pelo
marido e não reagir.
- Mas você não foi enganada. Quem estava comigo era você!
- Mas elas não sabem disso!
- Eu não acredito, Lurdes! Você vai desmanchar nosso casamento por
isso? Por uma convenção?
- Vou!

Mais tarde, quando a Lurdes estava saindo de casa, com as malas, o
Carlos Alberto a interceptou. Estava sombrio:
- Acabo de receber um telefonema - disse. - Era o Dico.
- O que ele queria?
- Fez mil rodeios, mas acabou me contando. Disse que, como meu
amigo, tinha que contar.
- O quê?

- Você foi vista saindo do motel Discretíssimu's ontem, com um
homem. - O homem era você!
- Eu sei, mas eu não fui identificado.
- Você não disse que era você?
- O que? Para que os meus amigos pensem que eu vou a motel com a
minha própria mulher?
- E então?
- Desculpe, Lurdes, mas...
- Mas o quê???
- Vou ter que te dar uma surra...

(Luiz Fernando Veríssimo)

MORAL DA HISTÓRIA : DEVEMOS CUIDAR APENAS DA NOSSA SAÚDE, POIS DA
NOSSA VIDA, TODO MUNDO CUIDA...

Ditados populares na era digital

Ditados populares na era digital


Como estamos na 'Era Digital', foi necessário rever os velhos ditados
existentes e adaptá-los à nova realidade. Veja alguns:

1. A pressa é inimiga da conexão.

2. Amigos, amigos, senhas à parte.

3. Antes só, do que em chats aborrecidos.

4. A arquivo dado não se olha o formato.

5. Diga-me que chat freqüentas e te direi quem és.

6. Para bom provedor uma senha basta.

7. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.

8. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.

9. Em terra off-line, quem tem 486 é rei.

10. Hacker que ladra, não morde.

11. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.

12. Mouse sujo se limpa em casa.

13. Melhor prevenir do que formatar.

14. O barato sai caro. E lento.

15. Quando a esmola é demais, o santo desconfia que tem vírus anexado.

16. Quando um não quer, dois não teclam.

17. Quem ama um 486, Pentium 5 lhe parece.

18. Quem clica seus males multiplica.

19. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.

20. Quem envia o que quer, recebe o que não quer.

21. Quem não tem banda larga, caça com modem.

22. Quem nunca errou, que aperte a primeira tecla.

23. Quem semeia e-mails, colhe spams.

24. Quem tem dedo vai a Roma.com

25. Um é pouco, dois é bom, três é chat ou lista virtual.

26. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.

27. Diga-me que computador tens e direi quem és.

28. Há dois tipos de pessoas na informática. Os que perderam o HD e os
que ainda vão perder...

29. Uma impressora disse para outra: Essa folha é sua ou é impressão minha.

30. Aluno de informática não cola, faz backup.

31. O problema do computador é o USB (Usuário Super Burro).

32. Na informática nada se perde, nada se cria. Tudo se copia... e
depois se cola.

33. O Natal das pessoas viciadas em computador é diferente. No dia 25
de Dezembro, o Papai Noel desce pelo cabo de rede, sai pela porta
serial e diz: Feliz Natal, ROM, ROM, ROM!

domingo, 18 de maio de 2008

A Advogada e o Surdo (PIADA INTELIGENTE)

Um chefão da Máfia descobriu que seu contador havia desviado dez milhões de dólares do caixa.
O contador era surdo-mudo. Por isto fora admitido, pois nada poderia ouvir e, em caso de um eventual processo, não poderia
depor como testemunha.
Quando o chefão foi dar um arrocho nele sobre os US$10 milhões, levou junto sua advogada, que sabia a linguagem de sinais
dos surdos-mudos.
O chefão perguntou ao contador:
- Onde estão os U$10 milhões que você levou?
A advogada, usando a linguagem dos sinais, transmitiu a pergunta ao contador, que logo respondeu (em sinais):
- Eu não sei do que vocês estão falando.
A advogada traduziu para o chefão:
- Ele disse não saber do que se trata.
O mafioso sacou uma pistola 45 e encostou-a na testa do contador, gritando:
- Pergunte a ele de novo.
A advogada, sinalizando, disse ao infeliz:
- Ele vai te matar se você não contar onde está o dinheiro.
O contador sinalizou em resposta:
- OK, vocês venceram, o dinheiro está numa valise marrom de couro, que está enterrada no quintal da casa de meu primo Enzo, no nº 400, da Rua 26, quadra 8, no bairro Santa Marta!
O mafioso perguntou para advogada:
- O que ele disse?
A advogada respondeu:
- Ele disse que não tem medo e que você não é macho o bastante para puxar o gatilho. . .

Momento Piada - Torta de Morango

Joãozinho está dentro do carro do seu pai, quando avista duas prostitutas na calçada...- Pai, quem são aquelas senhoras?O pai meio embaraçado, responde:- Não interessa filho...Olha antes para esta loja....Já viu os lindos brinquedos que tem?- Sim, sim, já vi. Mas.... quem são as senhoras e o que é que estão fazendo ali paradas? São... são... São senhoras que vendem na rua.- Ah sim?!Mas vendem o quê?? - pergunta admirado o garoto.- Vendem... vendem.... Sei lá... vendem um pouco de prazer.O garoto começa a refletir sobre o que o pai lhe disse, e quando chega em casa, abre a sua carteira com a intenção de ir comprar um pouco de prazer. Estava com sorte!Podia comprar 50 reais de prazer! No dia seguinte vai ver uma prostituta e pergunta-lhe: Desculpe, minha senhora, mas pode-me vender 50 reais de prazer, por favor?A mulher fica admirada, e por momentos não sabe o que dizer, mas como a vida está difícil, ela aceita, porém como não dava para transar com o garotinho, leva o garoto para casa dela e prepara-lhe seis pequenas tortas de morangos.Já era tarde quando o garoto chega em casa. O seu pai, preocupado pela demora do filho, pergunta-lhe onde ele tinha estado.O garoto olha para o pai e diz:- Fui ver uma das senhoras que nós vimos ontem, para comprar um pouco de prazer!O pai fica amarelo:- E... e então...como é que se passou?- Bom, as quatro primeiras não tive dificuldade em comer... a quinta levei quase uma hora e a sexta foi com muito sacrifício, tive quase que empurrar para dentro com o dedo, mas comi mesmo assim. Ao final estava todo lambuzado melequei todo o chão e a senhora me convidou para voltar amanhã, posso ir?O pai cai de costas...

comunidades ligadas ao grupo Cumadis

ORKUT

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2996413 - sobreviventes

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=3016623 - Eu já li muito grande hotel - pras saudosistas que não perdiam uma fotonovela

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=203515 - versão orkut da minha sonhos e palavras, só que com outro nome

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2268180 - ai ai ai que saudades do icq

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1003516 - amigos do zé guimba - pra quem cria cachorros e mesmo pra quem não cria (monte de brincadeiras)

http://www.orkut.com/CommInvite.aspx?cmm=912098 - meus lindinhos e eu (essa é pra familia)

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1538193 - eu não dou chapinha no cabelo

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=203507 - Espaço - Sagrado

GAZZAG

http://www.gazzag.com/servlet/CommunityHome?op=showcommunity&idcommunity=450956 - besteiras bobeiras e as vezes coisa seria

http://www.gazzag.com/servlet/CommunityHome?op=showcommunity&idcommunity=833083 - eu não dou chapinha no cabelo

http://www.gazzag.com/servlet/CommunityHome?op=showcommunity&idcommunity=996954 - Academia Gazzaquica de lentras, lista de poesia e literatura

http://www.gazzag.com/servlet/CommunityHome?op=showcommunity&idcommunity=782205 - jantando na kombi

MULTIPLY

http://grandehotel.multiply.com/ - pra falar de fotonovela

http://meninaspoderosas.multiply.com/ - eu sou uma menina superpoderosa

BELTRANO

http://www.beltrano.com.br/scripts/comunidade/comunidade.asp?idcomunidade=178612 - Ovo com Kitut - receitas


entrem, inscrevam-se, participem do forum

domingo, 11 de maio de 2008

Piada

Numa cidadezinha do interior, o Promotor de Justiça chama sua primeira
testemunha. Uma velhinha daquelas bem lúcidas apesar da idade
avançada. Para começar a construir uma linha de argumentação, o
Promotor pergunta pra ela:
- Dona Genoveva, a senhora me conhece? Sabe quem sou eu e o que faço?
- Claro que eu o conheço, Vinícius! Eu o conheci bebê. Você só
chorava. Deveria ser pelo pintinho pequeninho que você tinha.E
francamente, você me decepcionou! Você mente, você trai sua mulher,
você manipula as pessoas, você espalha boatos e adora fofocas. Você
acha que é influente e respeitado na cidade, quando na realidade você
é apenas um coitado! Nem sabe que a filha está grávida, e pelo que
sei, nem ela sabe quem é o pai. Ah, se eu o conheço! Claro que
conheço!
O Promotor fica petrificado, incapaz de acreditar no que estava
ouvindo. Ele fica mudo, olhando para o Juiz e para os jurados. Sem
saber o que fazer, ele aponta para o advogado de defesa e pergunta à
velhinha:
- E o advogado de defesa, a senhora o conhece?
A velhinha responde imediatamente:
- O Robertinho? É claro que eu o conheço! Desde criancinha. Eu cuidava
dele para a Marina, a mãe dele, pois sempre que o pai dele saia, a mãe
ia pra algum outro compromisso... E ele também me decepcionou. É
preguiçoso, puritano e sempre quer dar lição de moral nos outros sem
ter nenhuma para ele. Ele não tem nenhum amigo e ainda conseguiu
perder todos os processos em que atuou. Além de ser traído pela mulher
com o mecânico...
Neste momento, o Juiz pede que a senhora fique em silêncio, chama o
promotor e o advogado perto dele, se debruça na bancada e fala
baixinho aos dois:
- Se algum de vocês perguntar a esta velha, filha da puta, se ela me
conhece, vai sair desta sala preso! Fui claro?

Heroina



Vanda Maria Amorim

Hoje, quando vemos uma família com quatro filhos, a maioria de nós se espanta e acha loucura. Aliás, muitos casais acham loucura ter mais que um filho. "Não dá, a vida tá muito difícil e quero dar o melhor para meu filho": esse é o argumento geral que ouço.~Tenho aprendido que não temos que nos preocupar em dar o melhor para os nossos filhos; temos que dar o melhor de nós, e aí não entra dinheiro; entra atenção, carinho, dedicação.

Mais que nunca considero minha mãe - Cleonice, Nicinha, dona Cleo - uma heroína, uma guerreira vitoriosa. Teve 12 gestações, vingando 11. Todos nascidos de parto normal em Paulo Afonso. Aos 17 anos casou. Aos 19 pariu a primeira, Tata. Aos 36, a caçula, Lu. Aos 40 "perdeu" o marido para uma garota de 17, que engravidara. Desesperou-se, zangou-se, desatinou e quase enlouquece. O ódio e o rancor quase a destrói.

Sertaneja dura na queda, aprendeu que precisamos ter sabedoria para aceitar as coisas que não podemos modificar e coragem para modificar as que podemos. A coragem ela não teve. Mas aceitou que não tinha como modificar o que a vida lhe trouxe. Mas o aprendizado foi a duras penas. Diabetes e hipertensão foram consequências dos picos emocionais. Depressão quase a afunda sem volta.

A maturidade trouxe o perdão. O amor venceu, como tem que ser. Conseguiu entender que determinadas derrotas da vida se traduzem, mais à frente, em vitórias. Entre elas, o da liberdade.

Aos 72 anos, Nicinha ainda tem alguns lampejos de tristeza. Está aprendendo também que pode mandar essa sombra embora e que é abençoada. Enquanto mães, aos milhões, sofrem a perda de um filho, está com os 11 vivos. Uns melhores que outros materialmente. Mas todos vivos, mesmo que espalhados por cinco cidades no Brasil: três em Paulo Afonso (BA), três em Salvador (BA), duas em São Paulo (SP), dois no Recife (PE) e uma em Xingó (AL). Todos com grande amor e gratidão por essa mulher que traduzia amor, em nossa infância, com o zelo e o rigor, e que aprendeu a receber e dar carinho, derretendo-se a um abraço, um cafuné e uns beijinhos nos olhos. Aprendeu a dar e a receber colo. Por isso parece, hoje, mais jovem que era a 30 anos atrás.

Esta é minha mãe. Em seu nome desejo paz de espírito para todas as mães: biológicas, emprestadas ou de coração. Que todas vivam e deixem viver.