domingo, 10 de agosto de 2008

Um poema, para variar...

Tumulto

Tempestade. O desgrenhamento
das ramagens... O choro vão
da água triste, do longo vento,
vem morre-me no coração.

A água triste cai como um sonho,
sonho velho que se esqueceu...
(Quando virás, ó meu tristonho
Poeta, ó doce troveiro meu!...)

E minha alma, sem luz nem tenda,
passa errante, na noite má,
à procura de que me entenda
e de quem me consolará...
(Cecília Meireles)

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